O câncer de estômago (gástrico) é o terceiro tumor do trato gastrointestinal mais frequente no Brasil, ficando atrás apenas do de cólon e o de reto. Se inicia com alterações pré-cancerosas que passam a ocorrer no revestimento da parte interna do estômago (mucosa). E por aparecer antes do câncer propriamente dito, raramente essas alterações apresentam sintomas. Portanto, muitas vezes elas passam despercebidas.
Responsável por cerca de 95% dos casos, o tipo adenocarcinoma atinge, em sua maioria, homens por volta dos 50-70 anos, acometem menos frequentemente mulheres, porém variantes mais agressivas costumam acometer mulheres jovens. Já os tumores gástricos mais raros são responsáveis pelo restante dos casos e incluem os tumores estromais (GIST), tumores neuroendócrinos, linfomas e etc.
Podendo provocar diferentes sintomas e resultados diferentes, os cânceres podem acometer diferentes partes do estômago. A ausência de sintomas específicos não significa que ele não exista. É possível avaliar alguns sinais como sensação de estômago cheio, náuseas, vômitos, perda de apetite, perda de peso, fadiga e desconforto abdominal, que podem indicar tanto uma doença benigna quanto um tumor de estômago. Um sintoma menos comum é o sangramento, mas o pode ser apresentado por meio de vômitos e evacuações e ocorre em 10-15% dos casos.
Para diagnosticar a doença, é realizada a endoscopia digestiva alta. A qual por meio de uma anestesia leve chamada de sedação, um tubo é introduzido pela boca do paciente, possibilitando que o médico visualize o estômago e o esôfago, além de fazer biópsias (retirada de tecidos). Caso confirmado o diagnóstico, é necessário verificar a extensão do tumor, geralmente realizado por tomografias computadorizadas.
Temos então algumas possibilidades de tratamento:
- Doença Localizada, quando está restrito ao órgão e aos gânglios linfáticos ao seu redor. O principal método é a cirurgia. A retirada do tumor depende de sua extensão, localização e o subtipo de câncer. Em alguns casos a cirurgia pode não ser possível, como um caso onde o tumor invade algumas estruturas nobres adjacentes como artérias que não possam ser ressecadas. Podendo algumas vezes necessitar de tratamento pré-operatório (chamada de neoadjuvância) ou pós-operatório (adjuvância).
- Doença disseminada: o câncer também pode ser inoperável ou metastático, quando há células tumorais espalhadas para outros órgãos. Com o objetivo de melhorar a qualidade de vida, diminuir os sintomas e prolongar a sobrevida, o tratamento é paliativo.
Para prevenir o câncer gástrico se recomenda evitar o consumo de bebida alcoólica, não fumar, manter o peso corporal dentre os limites da normalidade e manter uma alimentação bem balanceada e saudável, evitando produtos industrializados, conservantes e quantidade adequada de sa